sábado, 30 de junho de 2012

A vinda do primeiro filho


Mudanças na Vida do Casal
Como evitar que as dificuldades naturais desta etapa influenciem negativamente a vida da futura família que se inaugura?
Parece haver um consenso, pelo menos por parte daqueles que já passaram pela experiência, de que a chegada do primeiro filho mobiliza muito mais do que a dos outros que vêm a seguir. Trata-se de uma mudança de status radical na vida do casal. Eles dão um salto para uma nova etapa do seu desenvolvimento e avançam uma geração.
Inaugura-se um nova família: Homem e mulher têm novos papéis a desempenhar e novas responsabilidades a assumir como pai e mãe. Deixam de ser cuidados pela geração mais velha, para serem cuidadores de uma geração mais jovem.
No entanto, não é somente a vida do casal que passa por transformações. Toda a família de origem também acompanha este processo. Há uma grande movimentação no campo emocional e todos mudam de status. Cada qual tem um novo papel a exercer. Quem não era, agora passa a ser avô, avó, tio, tia, etc...
Neste meio tempo, surge a necessidade do casal se organizar para encarar as demandas da nova etapa.
Ouvimos normalmente as pessoas falarem sobre chá de bebê, quarto, berço e tantas outras providências práticas. No entanto, raramente ouvimos sobre as tarefas familiares que o casal tem a cumprir para ultrapassar esta etapa com sucesso e que são fundamentais para estruturar as bases do relacionamento da nova família, permitindo um desenvolvimento sadio aos seus membros. Vamos a elas:
para a chegada da criança o casal precisará abrir espaço tanto físico, na casa onde mora, quanto emocional, no seu relacionamento, que antes era a dois. Isto significa que homem e mulher deverão cuidar de equilibrar, dentro do possível, seus papéis como pai e mãe, marido e mulher, companheiros, amigos, parentes, etc. Mas ainda deverão cuidar muito bem das fronteiras da nova família: como são principiantes, todos se sentem no direito de invadir e dar palpites. O retorno a casa, depois do nascimento do bebê, é delicado. No período em que deveriam ter mais sossego é que recebem o maior número de visitas, com mil conselhos e opiniões de como devem fazer isto ou aquilo. Durante estas visitas, muitas vezes pais e bebê ficam estressados, mas quem acaba expressando esse incômodo é o bebê, através do seu choro desenfreado. É até surpreendente quando, depois da saída da última visita e com a volta ao clima de tranqüilidade da casa, ele milagrosamente pára de chorar.
não existe manual que ensine como ser pai e como ser mãe. Cada um dos pais viverá, ao seu tempo e ao seu modo, a oportunidade ímpar de desenvolver este aprendizado através da construção da relação com o próprio filho. Deverão aprender a colocar limites e a exercer a autoridade necessária. O casal deverá tomar cuidado para não criticar um ao outro, ou mesmo influenciar na construção da relação que, no caso de pai/filho e mãe/filho, é tão somente a dois; deverá abrir espaço e tempo para intimidade entre as díades pai/filho, mãe/filho, homem/mulher, e também para o grupo pai, mãe e filho como família. Cada um dos membros aprenderá sobre esta noção de fronteiras das relações e aprenderá a respeitar seus limites. É como se fosse uma dança que flui, individual, a dois, a três, e até em ciranda de grupo, quando estão com as famílias de origem.
tanto o homem quanto a mulher trazem de suas famílias de origem um modelo de educação que envolve hábitos, comportamentos, atitudes, cultura, etc. Podemos dizer que este modelo que cada um traz consigo forma uma bagagem de vida, que a todo e qualquer momento deve ser revista conjuntamente, pois são muito diferentes uma da outra. Quando os dois conseguem perceber e aproveitar o que há de melhor em cada uma das duas bagagens para formarem uma terceira, passam a não ter mais necessidade de disputar sobre qual é aquela que educa melhor, se a do homem ou a da mulher. E aí sim, os dois estarão construindo o modelo da sua nova família, para através da sua cumplicidade, dar o melhor e mais precioso presente para seu filho: uma referência única para que ele se sinta seguro e siga o caminho do seu desenvolvimento de maneira saudável.
Apresentamos, a seguir, as tarefas das famílias de origem. Por que não? Se elas também são influenciadas com a chegada do bebê, nada mais justo do que cumpram algumas tarefas, muito simples de se descrever, porém muito difíceis, sob o ponto de vista de cada um dos envolvidos, de se executar. Vamos a elas:
cabe aos avós passarem para uma posição secundária, de maneira a permitir que seus filhos, agora pais, exercitem a principal autoridade paterna e materna, ou seja, respeitar as fronteiras do casal, na qualidade de pais, e da nova família.
cabe aos avós, irmãos, tios e primos dos novos pais estabelecerem uma relação carinhosa com a criança, fazendo parte deste período de transição em que a intimidade é permitida, porém, sem a carga de responsabilidade que a paternidade/maternidade requerem.
Portanto, é fundamental que o casal se organize e se adapte às novas circunstâncias desta etapa, para atingir o equilíbrio necessário ao desenvolvimento saudável da nova família. Se surgirem dificuldades, há que se buscar a orientação e os serviços de um profissional especializado.

Sexagem Fetal


Descubra o sexo do bebê bem antes do nascimento

Quais papais e mamães não ficam curiosíssimos para saber o sexo do bebê assim que o teste aponta que estão “grávidos”? O prazer de poder já chamar o pequenino da barriga pelo nome, escolher as roupinhas adequadas ou até mesmo decorar o quarto de acordo com o sexo do bebê são desejos de quase todos os pais.O que acontece na maioria das vezes é que papai e mamãe têm que esperar até mais ou menos a décima sétima semana de gestação para realizar uma ultrassonografia e assim saber o sexo do pimpolho que está dentro da mamãe.
E tem ainda o risco do bebê ser muito “tímido” ou “travesso” ficando de perninhas fechadas, cuja visualização do sexo na ultrassonografia pode ficar impossível.
Para os papais e mamães mais ansiosos e nem tanto antenados, já existe um exame realizado a partir da oitava semana que aponta o sexo do bebê com quase 100% de acerto. Esse exame chama-se Sexagem Fetal.
Não é um exame invasivo. É feito pela amostra de sangue da mamãe. Não precisa de jejum e nem de preparação anterior ao exame. Retira-se mais ou menos 20 ml de sangue da mamãe, onde se analisará o DNA do feto. Isso mesmo, DNA do feto no sangue da mamãe.
A grande descoberta de que no plasma materno existe DNA do feto transferido pela placenta foi do cientista chinês Y. Dennis Lo. A partir dessa descoberta conseguiu-se analisar esse DNA e saber se existe ou não o cromossomo Y.
A mulher tem dois cromossomos sexuais X e o homem tem um X e um Y. Se no DNA do feto a partir do sangue da mamãe for encontrado um cromossomo Y pode-se dizer que será um menino. Se não houver esse cromossomo, será uma menina.
No caso de gêmeos univitelinos, idênticos, o teste é válido para os dois bebês. Se o exame der menino, os dois bebês serão meninos. Se der menina, os dois bebês serão meninas. Gêmeos idênticos têm o mesmo DNA e, por isso, o mesmo sexo. Em gêmeos fraternos, bivitelinos, o resultado positivo para “Y” significa que ao menos um dos gêmeos será menino. Se o resultado der ausência de cromossomo “Y” pode-se dizer que ambas são meninas.
A Sexagem Fetal tem quase 100% de acerto se for realizado a partir da oitava semana gestacional. Antes há maior risco de erro.
O exame da sexagem fetal pode dar errado caso a mamãe já tenha recebido transfusão de sangue ou transplantado um órgão de outro homem.
Por enquanto, esse teste só serve para a identificação do sexo dos bebês, mas já está em estudo para que sirva também para identificar algumas doenças, substituir outros exames que são mais invasivos e até a realização do cariótipo fetal. O que dificulta é a pequena quantidade de células fetais no sangue materno.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Entrevista com Luara Lima

Oi bonitas, como estão as coisas? Estou sumida sim eu sei kkk. Então tem tempo que eu não posto uma entrevista com uma gravidinha né? Então hoje vou posta uma entrevista com a Luara Lima. Espero que vocês gostem. Beijos lindonas.


ENTREVISTA
Como se chama quantos anos você tem?
Meu nome é Luara, tenho 16 anos.
Como você ficou sabendo que estava grávida?
Fiz um exame de sangue, já estava desconfiada pois minha menstruação tinha atrasado muito. No começo até não queria aceitar que estava grávida achava mesmo que minha menstruação que tinha atrasado. Mas depois do exame de sangue confirmei.
Como seus pais, namorado/marido reagiram com a notícia? 
Meu namorado já " sabia " que eu estava grávida, então decidimos contar a minha mãe que eu achava que estava grávida. Minha mãe falou muito, chorou muito e formos juntas fazer o exame de sangue, ela que pegou o resultado e tal. Ela que contou ao meu pai, meu pai também chorou muito.. Mas graças a Deus hoje está tudo indo muito bem e eles amam minhas filhas mesmo não a conhecendo. Afinal qual pais não iriam chorar?
Você tem duas filhas?
Não, essa é a primeira rs, e a última até daqui a uns 10 anos.
E você como reagiu com a notícia?
Foram vários tipos de sentimentos que nem eu mesma sei distinguir, eu não sabia se chorava ou se sorria, estava feliz e ao mesmo tempo pensando nas conseqüências.  
Foi uma gravidez planejada ou acidental?
Acho que acidental, por mais que eu tenha um desejo absurdo de ser mãe. Foi acidental!
Como você acha que é vista nas ruas por está grávida. Ainda mais adolescente?
Cada um acha o que quer, nunca vi ninguém olhando e comentando mas já vi várias olhando, chamo muito a atenção pareço um bicho de 7 cabeças rsrsrs. Mas em enfim estou feliz e essas pessoas que me olham dessa forma eu não do a mínima importância.
E seus amigos se afastaram de você?
Bem pelo contrario, elas se ajuntaram mais. E eu agradeço muito a Deus e a elas por não ter me abandonado em uma fase tão delicada da minha adolescência.
Você estuda? Como está sendo conciliar os estudos com a gravidez?
Estudo, faço formação de professora pra mim é cansativo, mas agora mais do que nunca eu preciso dos meus estudos.
Do que você tem mais medo?
De perde minha mãe e acontecer algo com a minha filha, não sei o que seria de mim sem elas. E de ficar sozinha, de todos me abandonar.
Quem é a pessoa que mais te da apoio nesse momento?
Não tem pessoa especifica, pois todos ao meu redor estão me apoiando muito e mesmo que a minha gravidez não tivesse sido planejada estão todos curtindo muito. 
Antes da gravidez, você tinha planos? Eles foram interrompido por causa da gravidez?
Tinha, não porque meus planos seria fazer a minha formação de professora e eu estou conseguindo fazer. E agora lógico que mudaram um pouco hoje o meu foco é a minha filha.
Seu bebê é menina ou menino? Como foi a escolha do nome?
É uma princesa, minha menininha! Eu escolhi 3 nomes e deixei pela preferencia do meu namorado, ele já mudou 2 vezes mas por enquanto estamos em Manuela.
Como está sendo a sensação de está grávida? E de ser mãe adolescente?
De está grávida está sendo ótimo, apesar das azias, dos enjoos. Está sendo maravilhosa, alias não tem coisa melhor do que você saber que tem uma vida se gerado dentro de si, de sentir aqueles chutes a aquelas cutuveladas. E de ser mãe na adolescência é um pouco chato pela forma que as pessoas te vê, mas fora isso pra mim está sendo muito tranquilo! 
Você prefere PN (parto normal) ou PC (parto Cesário)? Por quê?
Eu prefiro parto normal, tanto que até quero optar por fazer normal. Mas não sei se tenho passagem, e pela segurança da mãe e do filho que eu opto parto normal. Mas se tive que ser cesária será, pois seja o que Deus quiser, só quero está bem e minha filha ótima.
O que você tem a dizer das meninas que optam em fazer um aborto?
Acho que cada um tem a sua opinião. Eu não faria um aborto pois sou contra e chamais tiraria a vida de alguém que nem conhecer o mundo conheceu. Mas cada pessoa passa por uma situação, meus pais meu namorado, minha família e a família do meu namorado aceitaram super bem, já tem gente que ninguém aceita. Então passar por um gravidez é mais difícil em aborta uma criança, por isso algumas optam por isso. Mas eu sou totalmente contra.
Qual conselho você tem a da para as meninas que estão na mesma situação que a sua? Grávida e adolescente?
Apenas força, pois não é fácil mas nada que um bom apoio de certas pessoas e o tempo não possa te ajuda. E que mesmo que não seja planejado que curtam muuuuuuito a sua gravidez pois não tem coisa melhor do que sua filha mexendo dentro de si. Se ele(a) está dentro de si é porque Deus quis assim, então apenas seja feliz porque nós precisamos de tombos para aprender a ser forte, e muita sorte e paz para as futuras mamães.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Como fica o psicológico de uma adolescente grávida


Como lidar com a chegada inesperada de um bebê na adolescência? Conversamos com psicólogas para esclarecer o que acontece nesse momento, como agir e o que esperar
A gravidez mexe com todo o corpo da mulher. Mudam a vida, os hábitos, os sonhos e os objetivos. Imagine tantas transformações em um corpo que ainda não está bem formado, como o da adolescente. Some a isso o fato de que a adolescência é um período de crescimentos, mudanças e transformações.
1. O que muda na vida de uma menina que engravida na adolescência?
“A gravidez na adolescência acarreta várias mudanças do ponto de vista individual, familiar e social. Ao engravidar, a adolescente terá a dupla tarefa de lidar com as transformações próprias da sua adolescência e as da maternidade, assumindo responsabilidades e papéis de adulta antes da hora. Isso representa uma sobrecarga física e emocional. É um período de difícil processo de adaptação a uma situação imprevista e inesperada”, explica Márcia Rios Ferreira Perigo, psicóloga do Programa de Assistência Médica e Psicológica à Mulher Adolescente da Faculdade de Medicina do ABC.

2. Muda a vida escolar?
A psicóloga Márcia Rios Ferreira Perigo explica que muda, sim. “A adolescência é a fase em que a pessoa se encontra – ou deveria se encontrar – no processo de formação escolar e de preparação para o mundo de trabalho. A ocorrência de uma gravidez nessa fase significa o atraso ou até mesmo a interrupção desse processo. A maternidade precoce está relacionada ao abandono escolar, às restrições das opções de vida, das oportunidades de inserção no mercado de trabalho. Quanto menos escolarizada e qualificada for a mão de obra, menores são as chances de sua inserção no competitivo mercado de trabalho.” Anna Chiesa, consultora da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal e professora do Departamento de Saúde Coletiva da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, completa: “A gravidez costuma afetar, sim, a vida escolar. Porém é bom lembrar que, em muitos casos, a gravidez acontece depois que a menina abandonou os estudos, ou seja, ela não é necessariamente a causa da evasão escolar”.

3. É comum que meninas que nasceram quando as mães eram muito novas repitam o comportamento?
“Sim, é bastante frequente que filhas de mães adolescentes sejam também mães adolescentes. A justificativa psicológica se apoia em uma tentativa de poder compreender a sua história pela repetição do evento”, explica Ana Merzel, psicóloga do hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo. A psicóloga Márcia Rios Ferreira Perigo concorda e acrescenta: “A família é o primeiro grupo de referência do indivíduo, sendo responsável por manter e reforçar padrões de comportamentos. As adolescentes se subordinam às influências familiares no qual estão inseridas. As adolescentes repetem padrões de comportamento de suas mães ou de algum parente muito próximo”.

4. A gravidez na adolescência sempre foi considerada um problema?
“É preciso compreender que a adolescência é um fenômeno social contemporâneo. Em outros períodos históricos, as mulheres se casavam a partir do momento que menstruavam e já iniciavam a vida reprodutiva desde cedo sem que isso fosse alarmante. Porém a sociedade muda, seus conceitos e preconceitos também mudam, e comportamentos que eram aceitos passam a não se encaixar mais na realidade e podem se transformar em problemas. É interessante lembrar que, na época em que a gravidez na adolescência não era motivo de preocupação, ser “mãe solteira” era considerado um problema muito grave. Hoje, ocorre o inverso. Ou seja, tem uma dimensão social que precisa ser focada. Outra coisa que também deve ser levada em consideração é que há muita diferença se a gravidez ocorre antes dos 15 anos ou entre 16 e 19 anos. Ser uma gestante aos 12 anos não é igual a engravidar aos 18 anos”, explica Anna Chiesa, consultora da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal e professora do Departamento de Saúde Coletiva da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo.

5. Uma menina tem condições de educar uma criança?
Ana Merzel, psicóloga do hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo, explica que, “se entendermos educação como tudo que envolve o cuidado de um filho, desde a atenção a todas as necessidades fisiológicas e emocionais, penso que nessa idade ela teria que fazer um esforço extra para dar conta de todas as demandas. Isso porque ela também está terminando parte do seu próprio ciclo de desenvolvimento e amadurecimento psíquico. O adolescente ser a pessoa 100% responsável por prover todo este cuidado é uma tarefa que exige muito de alguém que também está em uma fase de transição”. Na mesma linha, Márcia Rios Ferreira Perigo, psicóloga do Programa de Assistência Médica e Psicológica à Mulher Adolescente da Faculdade de Medicina do ABC, salienta que “a adolescente ainda não está com sua capacidade de tomar decisões. A vinda de uma criança de uma maneira inesperada gera uma alteração radical em sua vida, deixando de realizar ou adiantando o processo de amadurecimento, tendo que assumir compromissos para os quais ainda não está preparada. Nesse contexto, percebe-se que as crianças filhas de mães adolescentes recebem cuidados de todo o núcleo familiar em que a mãe se insere porque, muitas vezes, a adolescente não consegue desenvolver sozinha os cuidados e a adaptação à nova vida e ao novo ser”. Anna Chiesa, do Departamento de Saúde Coletiva da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, alerta que o cuidado de uma criança não é uma responsabilidade somente da mãe: “Uma menina de 16 anos sozinha não tem condições de educar uma criança, mas nenhuma mãe sozinha tem. Educar uma criança é uma tarefa complexa, que deve ser compartilhada por muitos, a começar pelo pai, pela família dos pais, pelos amigos e por toda a rede social”.

6. É comum que as mães culpem os filhos pelas coisas que não podem fazer, já que engravidaram muito cedo?
“Muitas vezes, os adolescentes acreditam que os pais deveriam ser corresponsáveis e coparticipantes no processo de criação dos netos. Como qualquer adolescente, acha que com ele nada irá acontecer ou tudo acontecerá de uma maneira diferente. É importante que se converse com o adolescente sobre que tipo de ajuda poderá oferecer e quais as responsabilidades de cada um e como e quando poderá oferecer auxílio no cuidado dos netos”, ensina Ana Merzel, psicóloga do hospital Israelita Albert Einstein. Anna Chiesa, do Departamento de Saúde Coletiva da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, acrescenta: “Essa culpabilização dos filhos não é específica de adolescentes. Infelizmente, presenciamos a terceirização do cuidado em diversos segmentos sociais e gerações distintas. Para criar um filho, a mãe precisa abrir espaço em sua vida, o que representa deixar de fazer uma série de atividades que eram desempenhadas antes. Isso acontece independentemente da idade da gestante. O que é necessário é que a mãe entenda o quanto pode ser prazeroso e enriquecedor cuidar do filho pequeno, acompanhar suas conquistas e fazer parte da sua vida, em vez de considerar o cuidado somente como dever”.

7. O que os pais podem fazer para evitar uma gravidez precoce?
A psicóloga Ana Merzel garante que “a melhor alternativa ainda é a informação e a prevenção. É importante a adolescente ir ao médico, conversar em casa e conhecer as implicações de uma gravidez precoce”. No entanto, essa abertura para o diálogo tem de ser construída na família muito antes da adolescência, de acordo com Anna Chiesa. “Manter uma atitude de diálogo, proximidade, esclarecimento e amorosidade na família é um elemento muito importante para enfrentar qualquer crise. Essa disposição de diálogo e convivência deve se estender também aos amigos e colegas dos filhos, de modo a transmitir valores que ajudam a estabelecer os limites.”

8. Existe um comportamento nas classes mais baixas, chamado síndrome de Juno: para os meninos, ser pai significa virar homem. Para as meninas, dá status e respeito. Isso acontece mesmo?
A psicóloga Ana Merzel garante que “a melhor alternativa ainda é a informação e a prevenção. É importante a adolescente ir ao médico, conversar em casa e conhecer as implicações de uma gravidez precoce”. No entanto, essa abertura para o diálogo tem de ser construída na família muito antes da adolescência, de acordo com Anna Chiesa. “Manter uma atitude de diálogo, proximidade, esclarecimento e amorosidade na família é um elemento muito importante para enfrentar qualquer crise. Essa disposição de diálogo e convivência deve se estender também aos amigos e colegas dos filhos, de modo a transmitir valores que ajudam a estabelecer os limites.”

Divórcio sem traumas: sonho ou realidade?


Sabe-se que o divórcio é uma espécie de ruptura no sistema familiar, trazendo uma série de mudanças na estrutura e nos relacionamentos, tanto para o casal quanto para os filhos. Quando um divórcio acontece, pressupõe-se que já se esgotaram todas as possibilidades de convivência. Os conflitos não puderam ser resolvidos e as crianças, por menores que sejam, percebem o nível de tensão emocional entre os pais.
A separação exige uma mudança na maneira de funcionamento das famílias, provocando uma nova definição da vida familiar. Esse período é extremamente delicado e torna-se primordial um tempo considerável de reorganização.
Os pais precisam compreender que o término do vínculo a dois, apesar de ser difícil e delicado no começo, pode ser a garantia da qualidade das relações de convivência entre os familiares. Para isso, é importante dedicar o máximo de tempo às crianças durante o processo. Quanto melhor o casal souber lidar com suas diferenças e quanto mais seguros estiverem sobre suas decisões, estarão mais preparados para lidar com confiança nas questões dos filhos.
No momento da separação, é freqüente a dúvida dos pais em relação à atitude que devem tomar: contar ou não contar a verdade às crianças? De acordo com a psicóloga Fernanda Menezes Mendes, a verdade é sempre libertadora. “Ela dá segurança, apóia e sustenta, mesmo em um momento difícil como este”.
Segundo ela, conversar é o melhor remédio. “São preciosos para os filhos todo o tempo e atenção que puderem ser dispensados a eles, com conversas francas e as explicações necessárias sobre tudo o que está acontecendo”, completa. É comum que as crianças tenham, nesses momentos, a sensação de perda e fiquem fragilizadas com a situação, devido à ausência de um dos pais em casa. Portanto, é comum aumentar o nível de exigência da atenção de quem fica.
Independente do estágio em que ocorre o divórcio, se os filhos são bebês ou um pouco maiores, a mãe e o pai precisam ter claro, sempre, que são os responsáveis pelos pequenos, ou seja, o papel dos pais não muda em nada com a separação.

Criança que leva tudo à boca


Essa é uma fase pela qual todos os bebês passam. Os pais não devem impedi-la apenas monitorar o comportamento para evitar riscos.

A boca significa para os bebês muito mais do que simplesmente a entrada dos alimentos. É pela boca que o bebê começa a conhecer o mundo. Por isso o aleitamento no peito é muito importante, assim como colocar as mãos, dedos, pés e objetos na boca.
“A boca é o centro das maiores e melhores experiências nos primeiros meses de vida”, afirma o médico Marcus Renato Carvalho.
Parece que nesta fase de vida a criança tem um imã na boca. Tudo ela leva à boca.
Os pais não precisam se preocupar se até os dois anos de vida a criança levar dedos ou mãos à boca. É preciso que eles fiquem atentos se o objeto levado à boca não machuque, seja macio e limpo, não possa ser engolido e não traga riscos ao bebê.
É muito importante que a criança tenha essa fase de usar a boca para “conhecer” as coisas. Os pais não devem ser extremamente radicais, impedindo tudo que a criança leve à boca.
Reprimir ou impedir que a criança use a sua boca como conhecimento do mundo pode até causar efeito contrário, prolongando a fase de experimentação oral. Essa fase normalmente desaparece naturalmente até os dois anos de idade.
Chupetas - Ortodontistas constataram que 60% dos adultos que usam aparelho nos dentes chuparam chupetas e 20%, o dedo. Esses hábitos deformam a arcada dentária e entorta os dentes quando permanecem após os 2 anos de vida.
Bebês que sugam o peito da mãe têm a sua necessidade de sucção mais satisfeita, diminuindo os riscos de fixarem maus hábitos orais, como chupar dedos ou chupetas.
Já os pequenos que fazem uso da mamadeira sentem maior necessidade de sugar, já que na hora de retirar o leite pelo bico da mamadeira não precisam sugar e, sim, só deixar o leite escorrer para a boca, não satisfazendo sua vontade de sugar.
Sugar é uma necessidade. A boca do bebê serve também para conhecer o mundo em que vive. Se os pais acham que esse hábito já está sendo prejudicial, procure o pediatra, fonoaudiólogo ou ortodontista para uma melhor avaliação.

Como preparar o gato para a chegada do bebê?


As adaptações devem ser feitas aos poucos através de treinamentos algum tempo antes do bebê chegar.

Com a chegada de um bebê a rotina da casa se modifica. A criança passa a ser o centro das atenções. Com isso o gato pode ficar estressado, uma vez que mudanças nos hábitos da família ocorrem de forma repentina, sem que o animal consiga compreendê-las. Para realizar as adaptações necessárias é importante agir de forma gradual e condicionar o animal através de treinamentos algum tempo antes da chegada do nenê:
  • O gato não deverá associar a chegada do bebê com perda de espaços ou carinho. Assim, no caso de o animal não poder acessar livremente algum cômodo da casa depois que a criança chegar, o ideal é acostumá-lo com essa limitação ainda durante a gestação;
  • Alguns gatos passam longos períodos no colo dos proprietários. É importante que ele seja acostumado a descansar em outros locais, já que o dono não poderá ficar com ele no colo por muito tempo. Forneça um local bem confortável e que agrade o gato, sem privá-lo do contato humano;
  • Quando o bebê nascer, alguém deve ficar encarregado de trazer panos com o cheiro da criança para casa, colocando-os nos locais de uso habitual do bichano, tais como embaixo da vasilha de comida, ou na caminha. Desta forma, o gato deverá associar o cheiro do nenê a situações agradáveis;
  • O choro ou movimentação do bebê poderão gerar reações no gato, como medo ou curiosidade. Neste caso o animal não deve ser punido ou ele vai associar o nenê com coisas ruins. Aja com naturalidade e prefira recompensar com elogios, petiscos ou carinho toda vez que ele se aproximar de maneira tranquila. 
  • Por mais calmo que seja o seu gato, essa aproximação e contato com a criança devem sempre ser supervisionados, para que tudo ocorra da forma mais segura e saudável possível.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Quatro grandes dúvidas sobre amamentação

Na primeira semana de agosto é comemorada a Semana Mundial da Amamentação. São dias para se estimular, incentivar, tirar dúvidas e debater sobre esse tema tão especial. Mesmo com tanta informação, ainda existem mulheres que tem o “pé atrás” com o aleitamento materno. São tabus e mitos que passam de geração para geração que dificultam que a mamãe amamente o seu filho. Vamos identificar e numerar os inimigos dessa relação entre mãe e filho.

1- O peito vai "cair"
Um dos primeiros fatores que levam uma mulher a não querer amamentar mesmo antes de querer ter um filho é a afirmativa que os peitos caem depois de amamentar - Não é a amamentação que faz os peitos caírem. Tem o fator genético, se sua mãe tem o peito caído a sua chance é maior de ter também. E o outro fator é que a pele da região dos seios quando cheios de leite estica e isso pode fazer com que os peitos cedam um pouco depois que o leite seca, amamentando ou não o seu filho.
2- Amamentar dói
Outro inimigo é a dor - Muitas mamães têm medo de sentir dor porque já escutaram amigas relatando dor ao amamentar e outras passam por isso e desistem de amamentar. A dor só aparece quando a posição e a pega do bebê no seu peito estão incorretas e por isso machuca o bico do peito. As informações sobre aleitamento adquiridas antes do nascimento e na maternidade são importantíssimas para que isso não ocorra. Com uma boa pega e posição correta não há dor, mesmo que o bico já esteja machucado. Sempre tem a sogra, a mãe da nova mamãe ou a tia que sempre tem uma dica, uma superstição e até opinião distinta sobre como amamentar seu filho. Aí a mamãe fica no dilema de qual regra seguir ou segue todas e nada dá certo. Mamãe e bebê ficam nervosos e não há amamentação que funcione. Fique calma, agradeça as dicas, siga o que acha importante, mas sempre adote as orientações que aprendeu com os profissionais especializados.
3- O leite da mãe é fraco e por isso o bebê chora de fome
Nem sempre quando o bebê chora é fome e NÃO EXISTE LEITE FRACO - Muitas mulheres acham que isso existe. Cada mulher produz o leite adequado para o seu filho. O bom é que o leite materno é digerido quase que totalmente pelo organismo do bebê e depois de duas a quatro horas ele vai querer novamente. Diferentemente do leite em pó ou de caixinha que têm componentes mais pesados. A digestão fica lenta e o bebê consequentemente dormirá mais depois da ingestão do leite artificial. Podemos comparar quando comemos uma feijoada, dá uma preguiça depois.
4- A mamadeira é mais prática e alimenta mais
LEITE MATERNO É MUITO MELHOR do que o leite de vaca - A geração anterior, das nossas mães, apresentava resistência à amamentação, já que prendia a mulher em casa e estavam numa época de liberdade da mulher. Para quê amamentar se existe a mamadeira. Os benefícios do leite materno não eram tão divulgados e a liberdade era mais importante. Tanto a TV como o cinema incentivavam a mamadeira. Criou-se essa imagem de que a mamadeira com o leite artificial é melhor e que se propaga até hoje por falta de informações.
O sucesso da amamentação depende de força de vontade, determinação e informação. Não é fácil amamentar, mas com ajuda e bons profissionais amamentar exclusivamente até os seis meses da criança vira fichinha.

sábado, 9 de junho de 2012

Importância da amamentação para a formação da face


Amamentação materna contribui para o crescimento dos músculos e ossos faciais do bebê

Segundo dados do Ministério da Saúde, divulgados no ano passado, as mamães curitibanas amamentam seus bebês no peito por cerca de 10 meses, tempo inferior à média nacional que é de 11 meses. Por outro lado, o índice de aleitamento na primeira hora de vida é de 71,2%, enquanto a média nacional é de 67,7%. “A amamentação materna é de extrema importância, pois desenvolve e fortalece a musculatura orofacial e contribui no desenvolvimento da região dentofacial”, ressalta Gerson Köhler, ortodontista e ortopedista-facial da Köhler Ortofacial.
Com a amamentação, o bebê aprende a respirar e a realizar as funções de mastigação e deglutição corretamente. Durante os intervalos da sucção do leite, toda a musculatura é fortalecida. “Quanto mais o bebê puder mamar no seio da mãe, melhor será seu desenvolvimento. Os dentes decíduos (de leite) começam a aparecer mais tarde, por volta dos 6 meses, ocasião em que já há o crescimento facial necessário para tal”, explica o especialista.
De acordo com a fonoaudióloga Nilse Waltrick Köhler, especialista em Distúrbios Miofuncionais da Face da Köhler Ortofacial, o ato de mamar é que dá início a toda a dinâmica da cadeianeuromuscular das estruturas que fazem parte das funções de fonação, mastigação, respiração e deglutição. “Este sistema está totalmente ligado aos componentes do rosto e ao sistema respiratório”, acrescenta. 
Os estímulos feitos pela sucção estimulam a mandíbula, auxiliando no seu crescimento e no prepara para o futuro processo de mastigação. Nilse esclarece que a sucção é considerada a primeira fase que precede a mastigação e se ela não for realizada no tempo devido e da forma correta pode prejudicar o desenvolvimento das estruturas faciais. “As alterações nas funções respiratórias e de deglutição são nocivas e causam crescimento facial inadequado”, aponta a fonoaudióloga.
Gerson destaca que todo o comportamento motor neuromuscular da face é comandado pela sucção,  deglutição e respiração e por isso o aleitamento materno se torna fundamental no desenvolvimento harmônico e estético da face. “A amamentação contribui tanto na área nutricional quanto na afetiva e no crescimento muscular e ósseo do bebê”, acrescenta.
Quanto ao uso de mamadeira e chupeta, Nilse alerta que a criança pode adquirir hábitos inadequados, como respirar pela boca – o que altera o crescimento e desenvolvimento da face e causa distúrbios miofuncionais. “As chupetas artificiais acabam confundindo o bebê, ocasionando o mal posicionamento da língua no seio, reduzindo a quantidade de leite e consequentemente o desmame precoce”, observa.
Além disso, há outros danos como a falta de estímulo da musculatura orofacial – quando o bico da chupeta está muito aberto e a criança apenas engole o leite, sem exercitar os músculos – ou excesso de trabalho muscular, quando o bico é muito fechado e o bebê tensiona os músculos errados. “Isto acaba tornando as arcadas dentárias pequenas, sem espaço para os dentes e a língua”, complementa Gerson.
Nilse observa ainda que é através da sucção do leite materno que o bebê exercita e fortalece os músculos responsáveis pela articulação das palavras. “A língua, os lábios e a bochecha precisam ser estimulados para que a criança consiga - na época certa - falar corretamente”, finaliza.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Motivo da minha ausência.

Bom meninas para as minhas blogueiras lindas que estão sempre lendo meus poste deve ter notado que estou meio sumida. Sim, não é impressão realmente estou sumida #bua mas por uma boa causa. Comecei a trabalhar na experiencia de Jovem Aprendiz em uma concessionaria de carros, mas ainda estou fazendo trenamento no Senac lá pro finalzinho de outubro vou exerce na empresa. Bom é um passo muito importante na minha vida né afinal é o primeiro emprego e assim começa a garantir um futuro pro meu bebê *--* /Ainda não estou grávida mas em breve lá pra 2014 kk/. "Ah Karine mas o Jovem Aprendiz trabalha meio turno". Sim realmente mas eu estudo pela manhã e trabalho pela tarde kk, pego as 14h e saio as 18h aí vem aquele caos pega ônibus, engarrafamento, af é horrível e isso cansa bastante né meninas ainda mas que a noite eu tenho que dá atenção ao meu namorado, e por incrível que pareça sempre que chego que tomo banho, janto, fico caindo de sono '-' é cansaço u.u. Bom meninas esse é o motivo da minha ausência, espero que vocês entendam mas não se preocupe vou está sempre entrando no blog pra posta e prometo não deixa vocês na mão kk. Então é isso minhas florzinhas espero que vocês entendam, afinal isso é muito importante para mim. Beijokas para todas e até a próxima se Deus quiser.

domingo, 3 de junho de 2012

Parto público e privado - Parto


O parto na rede pública, e privada com e sem plano de saúde
Os procedimentos, condutas hospitalares e direitos da mulher em relação ao parto não se diferem nos hospitais públicos, privados ou com plano de saúde. A diferença está no poder aquisitivo e nos tipos de parto realizados.
As maternidades privadas estão ficando cada vez mais parecidas com hotéis de luxo. Enquanto isso, é cada vez mais comum verificar na rede pública desde a falta de leitos, mulheres em peregrinação por vários hospitais para encontrar uma vaga, falta de recursos humanos, tratamentos absolutamente desumanos e sem qualquer estrutura para atender uma parturiente até maternidades modelo com programas premiados de humanização do parto.
Esse é apenas um dos reflexos da desigualdade social que impera no país, fazendo do Brasil o segundo país do mundo com maior diferença de renda.
Cesariana em alta nas privadas - Mas é no tipo de parto realizado por essas maternidades que está a grande diferença. Na rede privada, a taxa de parto cesárea chega a quase 80%. Os índices mais altos estão na rede privada com plano de saúde.
Já nos hospitais e maternidades da rede pública, as taxas de cesariana caem para 27.5%. Esses dados são apontados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), órgão governamental que regula a ação das operadoras de planos no País.
Pela Organização Mundial da Saúde, a recomendação é de que as cesarianas representem 15% dos partos. Mesmo nos hospitais públicos, o Brasil tem um índice muito alto de partos cesáreas. Isso mostra o quanto o país ainda está distante de oferecer uma assistência de qualidade à mulher.
Se o cálculo da idade gestacional do bebê for malfeito, o parto cesárea será feito antes da hora e o bebê nascerá prematuro, podendo trazer complicações no pós-parto como distúrbios respiratórios. Bebês de 37 a 38 semanas têm 120 vezes mais chances de apresentar a síndrome da angústia respiratória do que aqueles de 39 semanas. No parto normal, você tem certeza que ele está nascendo na época adequada.
O risco de morte materna em partos cesárea aumenta em 2,8 vezes em relação ao parto normal. A mãe também pode sofrer hemorragia e infecção puerperal. Sua recuperação é mais demorada do que no parto normal e sua estadia no hospital é maior.
O parto cesárea só deve ser realizado em situação de risco para a mãe ou para o feto ou se o trabalho de parto se estender excessivamente.
Opção pela cesariana - Os motivos para o elevado índice do parto cesárea são por comodidade da mãe e do médico que controlam a situação do parto, marcando dia e horário para o nascimento, diferentemente do parto normal, em que a natureza determina o dia e horário.
Outro motivo é o financeiro. Muitas instituições privadas têm como objetivo o lucro em detrimento de assistência e, portanto, o parto cesárea é mais lucrativo.
Já os médicos no Brasil geralmente são mal-remunerados, principalmente os que são conveniados com os planos de saúde, e por isso precisam trabalha em mais de um lugar. Por prestarem serviços em vários lugares, não têm tempo de ficar monitorando as parturientes nas seis ou mais horas de trabalho de parto de um parto normal.
O pagamento pelos convênios ou mesmo pelos pacientes particulares é maior com o parto cesárea e além de tudo é mais rápido. Assim o médico faz mais partos com maior lucratividade. Isso já não acontece na rede pública, onde o valor do pagamento pelos partos é o mesmo para normal e para a cesariana.
Além da comodidade, as mulheres preferem o parto cesárea por medo da dor do parto e os médicos cedem a pressão. Um bom pré-natal esclarecendo todas as dúvidas e mitos, inseguranças e medo da hora do parto com um obstetra que apóie o parto normal dará tranqüilidade e segurança para a mulher na hora de dar à luz e isto por si só já ameniza a dor.
Mas se a dor do parto normal for insuportável, a parturiente pode pedir a anestesia peridural onde as contrações continuarão, mas a dor não será mais sentida.
Como a necessidade de economia na rede pública é grande, a tendência é não abusar da tecnologia. Essa economia traz vantagens para a mãe e o bebê onde é a natureza que tem o controle do parto e o médico está presente para acompanhamento e intervenção só se for preciso. Mas a principal razão da queda no número de cesáreas foi as medidas tomadas pelo Ministério da Saúde para incentivar a realização de partos normais.
Os planos de saúde poderiam ajudar a reverter os altos índices de cesarianas oferecendo mais estímulo ao médico tanto do ponto de vista financeiro, pagando melhor o parto normal, como no aspecto de humanização do parto.
Cabe ao médico indicar o tipo de parto mais adequado para cada mulher e a gestante deve aceitar ou de questionar a escolha. Mas se a gestante pode ter o seu filho de parto normal e o médico indica a cesárea, há um desrespeito ao direito da mulher.