quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Boi da cara preta – A magia das cantigas de ninar e dos contos de fadas


Será que está certo banir as cantigas e contos infantis politicamente "incorretas" do repertório de nossas crianças?

As preocupações diversas, que permeiam o mundo contemporâneo, são autênticas e fazem com que nós, adultos, possamos refletir a cerca do planeta, dos humanos, do ambiente e de muitas outras apreensões que não faziam parte do repertório das conversas escolares e familiares há algumas poucas décadas.
Será que os contos de fadas e canções de ninar com bruxas, duendes, monstros, seres fantásticos e assustadores e, de acordo com o que alguns acreditam, “politicamente incorretas” devem ser banidas do repertório infantil?
A resposta é não. Essas criaturas e outros elementos presentes nos acalantos e nas histórias de criança fazem parte do imaginário infantil e, dificilmente, serão desencadeadores de fobias ou traumas.  Os bebês ainda não atribuem significado às letras das canções. Elas existem em todas as culturas e vão desde um “dum dum dum” até letras monótonas cujo intuito é levar o bebê a adormecer. O que está em jogo neste momento é o aconchego, o vínculo afetivo e o tom de voz de quem está cantando, contando uma história ou brincando com parlendas.A dicotomia entre o bem e o mal, o feio e o bonito, o certo e o errado, estão presentes na maioria das canções e contos infantis, e é importante para a formação de opinião sobre estes conceitos, aprendendo a lidar com os conflitos. A onda do “politicamente correto” veio com tudo para defender, de maneira louvável, valores. Por outro lado isenta as crianças de fazerem seus próprios juízos de valores e assim se  apresenta a eles um lindo caminho de rosas, colorido e perfumado totalmente deturpado e mitômano. Adultos, nas melhores das intenções, buscam evitar que as crianças tenham contato com o mal e que se frustrem.
Não se pode atirar o pau no gato, bruxas nunca mais, lobos maus nem pensar. Por meio dessas histórias, parlendas e canções as crianças vivenciam, resolvem seus conflitos e identificam suas emoções. O mundo infantil tem sua própria dinâmica que [ainda bem] é bem diferente do mundo adulto.
As crianças costumam se identificar com os papéis dos personagens, vivenciando os valores, e elaborando os seus próprios, através das experiências do seu dia a dia escolar e familiar. Por isso quanto menor a criança, mais vezes pede para ouvir a mesma história. Agindo assim ela está elaborando seus conceitos, refletindo, comparando para somente mais tarde tirar suas próprias conclusões. Quando suas dúvidas forem suficientemente trabalhadas e suas soluções interiorizadas, o juízo de valor passa a ser validado e então é hora de passar a outra história que será também repetida inúmeras vezes até que esse processo se conclua novamente, em um incessante jogo simbólico.
A fobia por determinado personagem, confundindo ficção com realidade, só ocorre quando são utilizados pelos adultos para ameaçá-las em troca de bom comportamento. Dizer que o bicho-papão ou o homem do saco virá buscá-la é sim uma ameaça muito grande para a criança, o que poderá fazer com que ela desenvolva sérios distúrbios. Isso poderá ocorrer independentemente de histórias e canções, mas sim através de ações dos adultos, que não pensam nas consequências que um ato como esse pode causar. Ou será que ao brincar de “serra, serra, serrador” alguém acha realmente que a criança irá visualizar o papo do vovô sendo serrado e o vovô caindo no chão em uma poça de sangue? Claro que não!
O medo é natural e serve como uma proteção contra situações de risco. Na infância, a criança passa por diversas fases, nas quais este sentimento se manifesta de formas diferentes, em circunstâncias reais ou imaginárias. A questão é identificar quando ele se transforma em fobia.
Ao se falar em “politicamente correto” os adultos deveriam preocupar-se com a forma como vestem seus filhos, com os programas de TV que assistem e com os sites pelos quais navegam e com as ações “adultizadas” que realizam e são alegremente aprovadas e legitimadas pela família. Não é adequado, nem normal, por exemplo, achar lindo uma criança de três anos namorar e dar presentes no dia dos namorados, ou ainda uma criança de dois anos ir à escola de tamanco de salto alto e microssaia. Estas sim situações inadequadas e que colocam as crianças em contato com riscos reais. Desta forma a criança não terá clareza sobre quais valores são reconhecidos e valorizados pelos adultos que a cercam e acreditará 
Por isso, cantem para seus filhos e alunos, contem histórias para eles, brinquem de “serra serra serrador” e aproveitem esses momentos de intimidade e cumplicidade que são de fundamental importância para um desenvolvimento pleno e saudável para  qualquer criança.

Com quem deixar meu filho?


A difícil separação!

Quando termina a licença maternidade e a mamãe precisa retornar ao trabalho tem início um momento de grande angústia, não sem razão. Depois de meses, vinte e quatro horas ao lado do seu bebê, além da gestação, é chegada a hora da separação. 
Não é um desligamento fácil, claro!  Mas, se aos poucos a família for ponderando sobre o fato, refletir sobre as possibilidades e soluções, esse momento será logo superado e o cotidiano entra nos eixos acalmando os corações de todos.
São inúmeras as dúvidas que passam pela cabeça ao pensarmos nas questões: Com quem deixar meu filho? Qual a melhor opção? Ele vai sofrer? Berçário, babá ou vovó? Devo parar de trabalhar?
Não há uma única resposta. Vai depender muito da idade da criança e de qual a outra opção que há para ela. Claro que se houvessem condições de estar com a mãe, disponível integralmente ao bebê, não vamos negar que é uma excelente e melhor opção até por volta de um ano de idade. O afeto e estímulo materno são muito importantes nesta etapa. Entretanto, se a mãe não tem como se dedicar à criança, ou porque trabalha fora ou mesmo em casa precisando deixá-la no berço, ou em outro espaço enquanto lida com os afazeres, há opções mais adequadas. 
Apesar da dificuldade e sofrimento, os pais não devem sentir-se culpados por ter que delegar os cuidados a outras pessoas. 
O importante é que se sintam seguros com a escolha. Quando a criança está sendo bem cuidada e estimulada, ela está tendo um dia rico e de efetivo desenvolvimento. De forma alguma isso fará mal a criança. 
 O que importa é a qualidade e não a quantidade do tempo que estão juntos. Terá muito mais valor meia hora de aconchego, carinho, canções e dengos exclusivos do que um dia todo ao lado da criança sem poder estar efetivamente com ela. 
Mas, e a vovó?
Amor de avó é uma delícia! Claro que ela tem muito amor para dar, somente boas intenções e uma sabedoria única. Mas (sempre o mas), há o risco de a família entrar em conflitos, sem necessidade. A começar pela escolha –  normalmente são duas avós. Até a escolha de uma delas pode significar um problema. Outra situação comum, um agravante, é que os pais podem discordar da maneira como a vovó, ou mesmo outro parente, cuida da criança e seria constrangedor repreender ou dispensar seus cuidados. 
E a babá?
As babás, muitas vezes passam a fazer parte do núcleo familiar. Quando um bebê requer cuidados especiais ou também por opção dos pais que pretendem adiar um pouco a ida da criança para a escola pode ser uma boa escolha, desde que muito cuidadosa. A babá deve ser bem preparada, deve conhecer o desenvolvimento infantil, a fim de que colabore com o desenvolvimento adequado e não seja simplesmente uma cuidadora, que fica observando se a criança está em segurança e com a alimentação e assepsia em dia. 
A partir de um ano de idade a convivência com outras crianças e profissionais adequados para observar o desenvolvimento e estimular de forma correta passa a ser muito importante.
Se a opção é por um berçário, como escolher um que seja adequado, comprometido e confiável?
LEGALIDADE – Antes de qualquer coisa é preciso verificar se a escola é regularizada e se tem autorização de funcionamento. Quando uma escola é regularizada ela é também fiscalizada constantemente. 
CAPACITAÇÃO – Deve haver, no mínimo, uma pedagoga na direção – presente na escola. Os professores e demais funcionários, devem ter a capacitação necessária para cada função.  
ESPAÇO – O espaço físico deve também seguir algumas regras como cuidados com os brinquedos, arestas arredondadas, antiderrapantes e corrimões nas escadas. O material didático-pedagógico adequado a cada faixa etária, também deve ser analisado e seguro. 
FILOSOFIA E METODOLOGIA – Comprometimento com valores irrenunciáveis, afeto, programas de relacionamento e socialização da criança são áreas importantes a serem observadas. O projeto político pedagógico deve ser claro para a equipe e efetivado na prática diária. A metodologia deve ir ao encontro dos valores que a família compartilha.
INFRAESTRUTURA – Segurança, higiene, cursos oferecidos, manutenção de brinquedos e atividades extracurriculares, dentre outros. 
LOCALIZAÇÃO E CUSTO-BENEFÍCIO – Proximidade da residência e mensalidade coerente com os serviços oferecidos e possibilidades orçamentárias da família.
Crianças que frequentam escolas comprometidas desenvolvem-se tendo todas suas potencialidades desenvolvidas, com estímulos adequados a cada faixa etária. 
A brincadeira no parque ou na areia, a coordenação motora, a música, a poesia, a psicomotricidade, o ritmo, o letramento e a alfabetização são algumas das áreas estimuladas que fazem com que as crianças aprimorem suas habilidades e competências  acumulando uma bagagem que as auxiliará nas soluções de desafios e situações-problema da sua vida. 

Detectando a ovulação


Conheça seu corpo e aprenda a perceber o período mais fértil, isso aumentará suas chances de engravidar.

A ovulação é o processo de liberação, por um dos ovários, de um óvulo. É também o período fértil do seu ciclo menstrual. Todo mês, um óvulo amadurece dentro do ovário. Quando atinge um certo tamanho, o óvulo sai do ovário e passa pela trompa de falópio até o útero. De qual ovário sai o óvulo é totalmente arbitrário já que a ovulação não segue um rodízio entre os ovários em cada ciclo.
Para tentar engravidar é preciso manter relações sexuais no período de um a dois dias antes da ovulação até 24 horas depois. O espermatozoide pode viver por dois ou três dias mas um óvulo não dura mais que 24 horas depois da ovulação – a não ser que seja fertilizado. 
Se você teve relações próximo ao período de ovulação, suas chances de engravidar aumentam. Normalmente, casais férteis têm 20% de chance de engravidar a cada ciclo. Em torno de 85% das mulheres que fazem sexo sem usar nenhum método anticoncepcional conseguem engravidar dentro de um ano. Você pode aumentar as suas chances de engravidar conhecendo seu ciclo e aprendendo a detectar sua ovulação e reconhecendo as mudanças que ocorrem no seu corpo nesse período. 
Esses conhecimentos também podem servir para quem quer evitar a gravidez. Claro que não é um método seguro mas pode ser usada concomitantemente com outros anticoncepcionais. 
Para saber qual o período fértil, descubra quando começará sua próxima menstruação e conte de 12 a 16 dias para trás. Esses serão os dias que provavelmente você estará ovulando. Para mulheres com ciclos de 28 dias, o 14° é normalmente o dia da ovulação. Para usar esse método é preciso saber de quantos dias é o seu ciclo. 
Mas, você também pode determinar seu período fértil de olho no seu corpo e nos sinais que ele dá quando está para ovular. 
Conforme seu ciclo progride, o muco cervical muda de volume e textura. No período mais fértil, o muco se torna mais claro e elástico. O aumento da temperatura corporal também indica fertilidade. Nesse período, a temperatura pode subir até 0,5 graus Celsius. Você não notará a diferença mas um termômetro poderá detectar essa mudança. A temperatura sobe na ovulação devido a produção de progesterona. A mulher está mais fértil dois ou três dias antes de atingir a maior temperatura. Alguns especialistas acreditam que entre 12 e 24 horas depois de notar o aumento de temperatura ainda é possível engravidar. Outros afirmam que aí já é tarde. Por isso, alguns médicos orientam que a mulher tire a temperatura durante alguns meses para formar o padrão e conseguir usar isso para detectar a ovulação. Assim, é possível ter relações dois ou três dias antes da temperatura realmente subir. 
Algumas mulheres têm mais sorte: elas conseguem sentir a ovulação. Ela surge como um desconforto abdominal, bem em baixo, que pode durar de minutos a horas e é sentido mensalmente. 
Lembre-se que o ciclo começa no primeiro dia da menstruação. Aprenda a conhecer seu corpo e boa sorte nas tentativas!

Dispnéia na Gravide


Essa é uma ocorrência comum em grande parte das gestações. A dispneia causa desconforto mas, no geral, não deve exigir nenhum cuidado extremo.

A dispneia ou falta de ar é um sintoma no qual a pessoa sente desconforto ao respirar e, normalmente, com a sensação de respiração incompleta. Durante a gravidez, pelas alterações na fisiologia da respiração, isto é normal. Portanto, as futuras mamães não precisam se preocupar com relação a isso.
Para que se entenda melhor, é preciso saber que esta falta de ar ocorre por causa da vasodilatação, dilatação dos vasos, conforme explica a ginecologista e obstetra, Drª. Daniella S. Catellotti. “Durante a gravidez, todos os vasos ficam dilatados por causa do trabalho do coração. O trabalho elevado pode gerar falta de ar no começo da gravidez, por volta dos sete meses e perto do parto pela compressão pulmonar”.
Para se ter uma ideia, até 60% das grávidas que não possuem doença pulmonar tem dispneia. “Não podemos dizer que todas as gestantes têm esta falta de ar, porém, a grande maioria sente. Isto está relacionado a diversos fatores fisiológicos da própria pessoa”, diz a Drª. Daniella.
Vale lembrar que, geralmente, a dispneia não gera nenhuma restrição às atividades da gestante, inclusive física. “Para diminuir a dispneia, a gestante precisa apenas se preocupar em manter atividades físicas a partir do terceiro mês de gestação e escolher uma posição confortável na hora de deitar na cama", informa a Dra, Daniella.